O ano letivo começa

gustavo s de borba
2 min readFeb 14, 2024

Estamos no meio de fevereiro. As aulas iniciando em diferentes escolas e universidades e os dias avançando para o momento que podemos definir como o real começo de 2024. O ano novo ficou para trás, assim como as férias de verão, o carnaval, e o ano letivo agora se apresenta a nossa frente.

Mas antes das aulas começarem, eu e meus colegas do Instituto para Inovação em Educação tivemos a oportunidade, nestas últimas semanas, de interagir com professoras e professores de diferentes partes de nosso estado e do Brasil, em espaços de formação de educadores. Nesses momentos, eu fico pensando em tudo que podemos aprender quando saímos de nosso lugar para trocar ideias, para ouvir os outros, para escutar sobre experiências únicas que acontecem em todo nosso país, em diferentes escolas, em diferentes salas de aula.

E por conta disso, mesmo que em todo início de ano letivo eu tenha um número significativo de palestras e atividades de formação para desenvolver, uma coisa está sempre presente para mim: o que move estes momentos e também o dia a dia de uma experiência educacional bem-sucedida é, em certa medida, a paixão dos professores por ensinar e por aprender.

Em cada um dos momentos de troca que presenciamos neste início de ano, pudemos ver exemplos muito precisos de engajamento, pertencimento, conexão com o outro. Todos têm uma história para contar. Todos têm uma experiência que pode transformar muitos outros colegas.

Talvez por isso eu considere ainda mais relevante do que falar, ouvir o que cada um tem para dizer. Quanto temos professores inspiradores, temos aquilo que nutre um bom processo de ensino e aprendizagem: a capacidade de iniciar uma conversa autêntica com os alunos e promover a construção do conhecimento. Despertamos nos alunos um sentimento que se revela em frases como: “ele me escuta”, “ele está presente quando preciso”. Essas frases revelam a importância da real conexão humana.

Mas cabe aqui um momento de atenção: assim como em outros anos, em 2024, vamos viver um ano cheio de debates sobre novas tecnologias. Alguns anos atrás era o metaverso, depois o ChatGPT. Agora, pautas como novos dispositivos de realidade aumentada e questões sobre formas de interferência da Inteligência Artificial em sala de aula, devem dominar as conversas no ambiente corporativo da educação.

Entretanto, é na afetividade que se constrói um senso de pertencimento e se potencializa o engajamento dos alunos. Por isso, faz mais sentido, a cada ano, desenvolvermos ainda mais competências que nos conectem de fato: escutar, contar histórias, promover conversas são elementos fundamentais para educar. Que este ano letivo comece com muita conexão humana e inteligência coletiva, que possamos ensinar e aprender.

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Written by gustavo s de borba

Professor da Unisinos na área de Design. Escrevo aqui sobre o cotidiano, em um diário do período de pandemia, com textos de um ano atrás.

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